Esta noite tive um sonho
De altaneiro índio Guapo,
Com lança e boleadeira,
Ao nobre estilo “Farrapo.”
Sobre o lombo de meu baio,
Mango na mão e a garrucha,
Cavalgando a sesmaria,
Pilchado a moda Gaucha.
De parceria com negrinho,
Aquele do pastoreio,
Que o vil estancieiro
Colocou no formigueiro.
Mas que bela cavalgada!
À luz da barra do dia,
Ouvindo o som dos regatos
E o minuano, nas coxilhas.
Vejo pinheiros lá da Serra,
Trigais dourados do Oeste,
Verdes campos lá do Sul
E as espumas deste Leste.
Sem a armadura de “Cervantes”
Era eu, cavaleiro andante;
Conduzindo o povo errante,
Ao encontro dos amantes.
Glauco D’Elia Branco
“Vaqueano”
Premiada 3º lugar concurso “Pensador V” Academia Itapemense de Letras em 2011.
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