KALAHARI
Se me perguntardes, sobres sons e silêncios.
responder-te-ei certamente como os encontrei
nos lugares por onde andei, em total ambiguidade
Assim, quando me indagardes sobre seus decibéis,
Dir-te-ei, que a ambos
tive, debaixo dos meus pés
sobre sua intensidade: a magnitude do Kalahari
Pois, sagrado é o deserto e quem sobre ele caminha
Não mencionar-te-ei porém, sobre o som do silêncio
no gemido contido no uivo da areia que o vento varre,
quando condensa a calma no branco-acidentado
que ao engolir meus dedos, quase me cobre os pés
como se encobrisse-me cada um dos medos
Mais importante que o destino, é o transcorrer da jornada
Nessas viagens intrépidas... intermináveis e intermitentes
Inóspito universo entre o eu... o sol... o céu...
o som... o silêncio... no percorrer de longas estradas
Absoluta percepção de mim mesma; meu auto entendimento
Eu, de frente comigo: mais ninguém... mais nada !
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