quarta-feira, 7 de outubro de 2015
Céu noturno do meu pago!
Manto preto azulado;
Da boieira e do cruzeiro
Testemunho dum passado.
Como fazendo um afago;
Nesta constelação esteada;
Noite bela desta terra;
Quando solito, cá te vejo;
Aguça todo meu desejo;
De viagens e tropeadas;
Nas planícies orvalhadas.
Coxilhas, cerros e canhadas
Verdes campos do meu sul
Das glórias do dia a dia;
De Liberdade à Tirania.
Na imensidão do céu azul.
Do lendário boi barroso;
Da seriema e do tacã;
Do graxaim fazendo manha;
E o quero-quero, sentinela do pampa;
Na imensidão da campanha.
Dos estalos do galpão;
De um mate bem cevado.
Da chaleira cascorrenta;
Cuspindo sobre o tição;
Na trempe, ao fogo de chão.
Da carne ali já requeimada
Da tertúlia da peonada.
Do apojo da brazina;
Do petiço e dos arreios;
Do dia a dia em pastoreio;
Meu campo pendão “Farrapo”!
Do tilintar trançando adagas;
Das chispadas noite adentro;
Mosais do tempo repontando;
Nossas lutas por um ideal.
Do gaúcho pai do campo;
Índio guapo e altaneiro;
Sem porteiras ou aramados,
Lança na mão no entreveiro;
Morre peleando!
Escudado no cruzeiro.
“Vaqueano 2011”
ANLPPB cadeira 76 & “Coesão Poética de Sorocaba”
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