quinta-feira, 16 de agosto de 2012

MÃOS




















Que afagam, dão carinho, trazem delícias.
Despertam carícias num envolvimento,
Quase um deleite, ao se entrelaçarem,
E depois, tocando-se envolventes,
Vão trocando, aos poucos, mudas sutilezas.

De formas generosas são seus feitios:
As femininas, macias, sem brutalidade,
Que tocam flores como essas lhe tocam,
Cúmplices que são umas das outras,
E, generosas, são o encanto da vida.

Do homem, com ranhuras, machucadas,
Muitas vezes brutas e maltratadas,
Pois ao receberem recíprocas no afago,
Descontrolam-se e mostram-se grosseiras
Por serem viris e não conterem destemperanças.

E da criança, que de tão frágeis não se entrelaçam,
São sublimes quando envolvem num doce abraço,
Mãos pequenas quais botões de rosas que desabrocham,
Não se contêm quando tateiam em buscas de carícias,
Pedindo colo da mamãezinha que, atarefada, acode.

Mãos que suplicam aos Céus nas incertezas,
Precisam de outras para amparar suas angústias,
E depois, quando se acalmam das tempestades,
Demonstram carinho ao apertarem em soluços,
Aquelas que socorreram em suas horas de aflição.

Jairo Valio

Um comentário:

  1. Q Deus abençoe suas mãos sempre e proteja sua inspiração das agruras da vida,linda demais ,bjss,Cris!

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