quinta-feira, 16 de agosto de 2012

E A LUA CHOROU



Percebi que lágrimas escorriam,
Condensando-se  intensas nas nuvens,
e depois em prantos  tão abundantes,
despencavam quase em tormentas,
como se para tanto houvesse razões.

Perguntei por que tantas agruras,
eu que a conheci pelas saudades,
pois muitas vezes olhei-a sereno,
junto com meu amor que perdi,
e tínhamos somente emoções.

Disse-me com voz embargada;
“Hoje ninguém me contempla,
nem me olham com ternura,
mesmo que estejam enamorados;
já sou decadente para quem ama.

“Os atrativos não estão nas alturas,
o céu deixou de ter sua beleza,
mesmo as estrelas que antes piscavam,
agora estão tristes e também choram,
por não exercerem mais seu fascínio.

“Choro e as lágrimas quase me sufocam,
tão abundantes brotam quando acordo,
e mesmo que apresente todas a beleza,
enluarada e iluminando todos os espaços,
opaca me torno para corações insensíveis.”

Desculpas pedi por ver sua tristeza,
e disse que ainda existem os enamorados,
que sutilmente mesmo que por segundos,
contemplam e admiram seu fascínio,
e ainda há seguidores para as estrelas.

Jairo Válio

Um comentário:

  1. Q linda,essa lua já tem mil motivos p/ se alegrar,ser fonte de inspiração de uma poesia tão linda,eu adorei,mil bjs,Cris!

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