domingo, 25 de setembro de 2011

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Foi realizada na tarde de hoje, 24 de setembro de 2011, a final do I CONCURSO DE POESIA promovido pelo Grupo Coesão Poética. O concurso foi realizado em três etapas, sendo duas eliminatórias, realizadas, respectivamente, nos dias 10 e 17 deste e uma final.

Participaram como jurados o diretor teatral, dramaturgo e escritor Júlio Carrara, a professora Angeles Toral e o poeta Nicanor Pereira.

As 20 poesias que concorreram à final foram:


01 – As noites eram silenciosas, de Renato Marques
02 – Vida de gato, de Sidnei Anderson Marques
03 – Silencia, de Priscila Christine da Conceição Mancussi
04 – Reflexão, de Nathália Terziani
05 – O tempo é o tempo, de Josias Gomes
06 – É este o nosso rio, de José Manoel Ortega Blaz
07 – Justa oposição, de José Francisco Benites Calderón
08 – Espírito e matéria, de João de Deus Ferreira
09 – A morte do poeta, de Claudimir Theodoro
10 – Retrato de palavras, de Bruno César da Silva
11 – A rosa e as rosas, de Josias Gonmes
12 – Letras unidas, de Gilcéa Regina de Salles Pinheiro
13 – Quem sou eu... sem Música?, de Nathália Terziani
14 – Nossos olhos, de Benedito de Jesus Oleriano.
15 – Espelhos da alma, de Lúcia Marina Rodrigues
16 – Acertos e erros... simples assim!, de João Prestes de Oliveira Neto
17 – Cristal, de Maria Íris da Silva Araújo
18 – Declaração ao avesso, de Meri Hellen Antunes Simões
19 – Beleza indômita, de Carolina Meneguin Guimarães Casconi
20 – Anos de metal, de Camila Oliveira Santos


Prêmio de Menção Honrosa:
BELEZA INDÔMITA
Carolina Meneghin Guimarães Casconi

“O vento soprava manso e quente...
fazendo com que os longos e negros
cabelos de Ayuponã flamulassem ao léu.
O suave perfume de rosas e jasmins
que exalava de suas densas madeixas
flutuava com a brisa,
deixando quem por ali passasse inebriado..
Ah, bela índia de pele amendoada,
cujos olhos têm o doce negro da jabuticaba madura,
cujo olhar fere mais que suas fechas..
Leva-me para teus braços
e neles deixa-me repousar,
pois sei que logo, tão logo,
meus dias hão de findar.”


Terceiro lugar:
A ROSA E AS ROSAS
Josias Gomes

O amor verdadeiro é rosa.
Mesmo a rosa não sendo rosa,
atem de haver rosas!

Toda tarde, trazia nas mãos uma rosa.
Não importava a cor da rosa.
Era uma rosa!
E uma rosa morena, esperava por essa rosa.
Rosa cheirosa, cheirosa a rosa.
Seus olhos brilhavam ao ver a rosa,
rosa maravilhosa, maravilhosa a rosa.
E o amor se fez em rosas.
Rosa viçosa, viçosa a rosa.
Rosa formosa, formosa a rosa.
E o espinho de quem trazia a rosa
não incomodava a rosa
porque o sincero amor é rosa.
Palavras de amor em pétalas de rosas
caiam sobre o corpo da morena rosa
e desse corpo floral nasciam botões de rosas
brancas, amarelas, vermelhas e rosas.
Formou-se então, um jardim de rosas.
E quem o vê suspiram, que belas rosas!
Por amor e por poder dar-te uma rosa,
agradeço-te e digo-te, nosso amor e a nossa felicidade vestem-se de rosas.
Por ter nascido simplesmente de uma rosa,
minha pequena e grande... morena rosa!


Segundo lugar:
REFLEXÃO



Nathália Terziani

Espelho, espelho meu,
já nem sei mais quem sou eu.
A face que encontro agora
nunca antes me apareceu.

Espelho, espelho meu,
já lhe disse uma vez ou duas
sobre minhas idéias um tanto quanto seminuas:
descobriram-me!E não sei como aconteceu...

Espelho, espelho meu,
minha fala emudeceu;
embranqueci como cera
diante de algo que me ocorreu

Espelho, espelho meu,
seria só o espelho
que me parece estilhaçar
ou seria eu?

Primeiro lugar:
ESTE É O NOSSO RIO
José Manuel Ortega Blaz

Ouvi falar do Rio do Peixe,
do Iperó, em Araçoiaba,
do poluído Tietê,
do famoso Piracicaba.
Já vi tanto rio imundo;
para ver pedrinhas no fundo,
hoje é no Rio Sorocaba.

É da ponte de Pinheiros
que eu fico observando
as águas que vão correndo
como um espelho brilhando.
Muitos anos se passaram;
um presente aos Sorocabanos
que tanto estavam esperando.

As águas já não corriam,
estavam escuras iguais a um cimento.
O nosso rio quase morto
passou por um tratamento.
O Sorocaba teve sorte,
escapando assim da morte,
melhorou cem por cento.

Há muitos anos atrás,
quando os tropeiros chegavam,
era na beira do rio
o lugar que eles pousavam.
Tropas do sul e do norte,
também boiada de corte.
Compradores negociavam
com amor e muito esforço.
Também criatividade.

Nada resiste ao trabalho
quando se tem boa vontade.
A cidade ficou mais bonita,
o rio é um cartão de visita
para quem vem de outras cidades.

Quando quero comer um peixe,
não precisa desespero.
Eu sento em cima do tubo,
não corre esgoto no bueiro,
não demora quase nada.
Traíra já está fisgada,
o meu salmão brasileiro.

Tem pista de caminhada.
A ciclovia não tem fim.
Eu pedalo bem cedinho,
não tem orvalho e capim.
Vejo garças por todo lado,
com o pescoçinho espichado,
corpinho de manequim.

Nas margens, mata e gramado.
A barranca nunca racha.
O rio desassoreado
corre dentro de sua caixa.
Tudo verde, é uma beleza.
É um quadro da natureza;
não se apaga com borracha.


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