sexta-feira, 5 de fevereiro de 2016
LUA NEGRA
Perdi você
Minha negra lua
Hálito efêmero. ..
O contra ponto, antítese.
Mesmo eu sendo outra,
Meu gênero !
Minha vida agora
Içada vela ao mar pesado
Segue leve, sutil movimento
Onde o pensamento
Flutua parado.
A saudade é só uma ilha
Na luz âmbar do abajur!
Na fronha molhada e ferida
Líquido sentimento
Da partilha
Derrama-se entre o vão.
No pungido remo da canoada
O seio da onda golpeia
O epitélio macio das nuvens
Trazendo chuva em florada!
Mas tudo é tão vazio
Quando o dia manso passeia
E nao há o caminho do seu passo
Em volta
Híbrido e triste ecoa
A memória terça do seu frio aço!
Tânia Orsi.
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