terça-feira, 2 de fevereiro de 2016


AMOR INCONCEBÍVEL!

São cinco horas,
Ainda madrugada
Sem barra do dia,
Esquento água,
Preparo meu mate.
Pairando ao céu, 
Duas criaturas celestes.
Dum lado, minguante lua,
De outro a Boieira, 
Linda, d’alva, alva.
Por empuxo apaixonadas,
Atrativo de corpos celestiais.
Ao mesmo tempo repelidas, 
Pelo eletromagnético cósmico
De anos luz a distanciá-los.
Ali! Aos nossos olhos, 
Uma paisagem bucólica.
Apaixonantemente!
Digna dos amantes,
Madrugadores, sonhadores.
Como num impossível amor;
Estão lá, se exibindo 
Aos nossos fitos olhos,
E de outros terrenos,
Não realizados no amor.
Ficam lá! Lua e Vênus,
Trocando carícias celestes!
Mas como amor de novela,
Vem ele, intruso, terceiro.
Como que por ciúmes!
Querendo estragar tudo,
Brilho mais apagado
É Marte! Rubro, insinuante,
Na intentona de afastar 
Os amantes noturnos.
Sem notar, não terá sucesso!
Chega ele, o rei, o mais forte,
Aquecedor de corações apaixonados
De mansinho, clareando o arrebol
Desfazendo qualquer intromissão.
É! Nosso glorioso, Sol!
Desta forma hoje,
Sete de novembro
Começou meu dia!
Maravilhoso!

Vaqueano

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