Sou
lírico e louco
porque
sou poeta;
e
minha meta será sempre
ser
um pouco mais louco
e
muito mais poeta.
Se
choro num delírio
cego
e inconseqüente;
se
invento dramas sérios, de repente,
é
porque sou louco, gente,
e
muito mais
porque
sou poeta.
Se
sinto sua falta
quando
não me falta;
se
não creio em seu amor
quando
ele existe,
é
porque quero ser triste,
é
porque sou poeta.
Não
quero passar pelo mundo
em
branca nuvem,
mas
também não quero
monumentos
ou bandeiras.
Quero
apenas que se lembrem todos
de
que fui triste, alegre e louco,
de
que amei demais
porque
fui... poeta.
DADO CARVALHO
09 de abril de 1985 –
18:20 h
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