Visitando a Casa de Idosos
Desvendei um triste mistério
A louca paixão dos
embriagados
É o destino de viver em
monastério
Se teu mergulho é no passado
Não te aprofundes na tristeza
Traga o sorriso e a esperteza
Não te abrigues em eterno
jazigo
A imensidão opressora é da
ausência
Procura no amor toda sua
carência
Naquele cruel destino o
brilho do açoite
A alegria negra sobrevive
como a noite
Vive sonhando e não tem
possessão
Aguarda a noite para ter
outra sessão
E sem companhia vive a triste
loucura
Esperando um simples gesto de
ternura
Esperando que a visita lhe
console
Deixa na história só como
afronte
Não a imposição do amor como
esmola
Pela escrita da vida isso
seja uma escola
JCFreitas